O futuro econômico de qualquer país está diretamente ligado a sua
capacidade de oferecer ao mundo serviços ou produtos digitais.
As empresas mais valiosas do mundo e que mais promovem
transformações são as de tecnologia da informação.
Nos anos 80 e 90, a transformação veio na indústria, com uma
mudança radical que substituiu operários por máquinas automáticas
e robôs. Com isso, as plantas industriais antigas foram
substituídas por novas fábricas provocando o fechamento de
unidades obsoletas e a redistribuição geográfica da atividade
industrial com o deslocamento do parque industrial para alguns
estados que optaram por apoiar essa atividade mesmo sem empregar
como antes, mas que demanda serviços de manutenção e outras
atividades especializadas para dar suporte às máquinas.
Agora, nos anos 10 e 20, a bola da vez são os serviços. Comércio,
bancos, seguradoras, universidades, turismo seguem o caminho de
dar autonomia ao cliente e substituir grandes estruturas de
atendimento por automação e robôs. Empresas tradicionais se
tornaram "Negócios Digitais". Para o cliente, o produto final é o
mesmo, mas para a empresa são novos tempos...
Novamente, começamos a observar um deslocamento da atividade
econômica, pois cada vez menos precisamos de escritórios, postos de
atendimento. Tudo entra na conta do empresário na hora de optar
por onde se estabelecer: equipe bem qualificada, impostos
atraentes, locais baratos e bem montados, infraestrutura de
Internet e energia, proximidade com outros players.
Governos estaduais e municipais começaram uma corrida para ver
quem consegue atrair mais empresas digitais e assumir o destaque
no país, enquanto alguns outros ainda acreditam em uma economia
tradicional, como a extrativista.
A preocupação em tornar o Rio de Janeiro mais atraente para as
empresas digitais não começou no governo: em 2017, John Forman,
CEO da J. Forman Consultoria, associado da Assespro RJ, teve a
iniciativa de criar uma rede chamada CD&IA Rio, Rede de
Ciências de Dados e Inteligência Artificial do Rio de Janeiro, com
a proposta unir empresas de tecnologia, empresas usuárias, centros
de pesquisas, universidades e órgãos do governo em torno do tema
inteligência artificial, propor soluções e criar uma ligação para
o desenvolvimento sustentável local.
A ideia cresceu e no final de 2019, motivados pela iniciativa do
governo federal em criar centros de inteligência artificial no
Brasil, a FAPERJ em reunião com representantes da rede CD&IA,
propôs a elaboração de um edital de fomento para a formação de
redes unindo ICT com empresas.
O Rio de Janeiro tem um enorme potencial de formação de mestres,
doutores, instituições de pesquisa públicas de renome
internacional como UFRJ, UERJ, UFF, CEFET, IME, UFRRJ, UEZO, UENF,
Uni Rio, Fiocruz, IMPA, CBPF, LNCC, Inmetro. Outras instituições
privadas tradicionais também de destaque como a PUC com seus
diversos centros de pesquisa que geram mestres e doutores, Estácio
e muitas como, por exemplo, UVA e UniSUAM com trabalho intensivo
em inovação.
A Lab245 é uma Tech Company que atua nos mais diversos setores, oferecendo tecnologia de inteligência artificial na compreensão e classificação de dados não estruturados (texto) e em algoritmos de predição.
*ouvi a expressão tech company pela primeira vez do meu amigo Márcio Castro, CEO da Lina Infretech
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